quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Ultrapassada

Não custa dizermos que não. Ouvir um não custa. Mas existem coisas piores do que um simples não, que por vezes não é só e apenas um simples não, é um passo que dá-mos para seguir com a nossa vida ou mudar de estratégia.
Podemos até ficar felizes de um certa forma por aquela pessoa conseguir seguir com a sua vida, mas nunca queremos ser deixados de lado. No entanto, somos mesmo ultrapassados e saber que nós ajudamos nisso custa.

Dreamer

sábado, 14 de dezembro de 2013


O sono é profundo, o sonho presente.
Sonho vibrante e garrido. Formas de mostrar a felicidade, prontos para se prenderem em nós, na nossa mente.
Começam a cair até o brilho aparecer e os levar de novo ao topo, não os deixando, apenas, no sono profundo.
Algo estaria prestes acontecer. Estaria.
O brilho acaba e o sonho torna-se obscuro e solitário, bem no fundo da esperança. Agora, é apenas algo que se interroga na nossa cabeça.
Determinação ou derrota, irá sempre existir luta antes. E, depois da luta é que o sonho se irá concretizar ou, simplesmente, murchar.

Dreamer

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Não apareças se tens intenções de desaparecer, para um dia mais tarde vires com um sorriso como se nada tivesse acontecido.
Se ficas, fica para sempre. Ou então, para ajudares a que o meu sorriso seja melhor e mais bonito a cada dia que passa.
Não interessa se não esquecemos as pessoas. Não é relevante. A relevância é estar presente, não ausente e no pensamento.
Podem parecer exigências a mais. Mas, e apenas são os meus direitos de ser feliz. Feliz assim. Contigo a meu lado sem ausências repentinas. Ou sem ti, mas com a tranquilidade de saber que não voltas mais.
Apenas não te ausentes se tens intenções de estar presente na minha vida.

Dreamer

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

isolamento

Isolamentos. Revelações. Isolamentos por vezes tornam-se revelações. É necessário fecharmo-nos do Mundo ou mesmo só das pequenas coisas do dia a dia para percebermos a razão de algo ou até mesmo novas formas de viver, novos sentimentos e novos perigos.
Muitos dizem que nos devemos focar no problema e que iremos encontrar uma saída para este. Mas, talvez, isso seja uma mera teoria errada, como tantas outras.
Ficar sozinho, pensar, ler, escrever...fazer simplesmente alguma coisa que nos dê prazer. Sermos egoístas ou ter amor próprio não é mau. Mau de todo.
Ter o nosso espaço e tempo é uma das melhores coisas do Mundo, e só não é a melhor coisa, porque, depois, de termos o nosso espaço e tempo iremos descobrir coisas novas. Revelações. E, são essas revelações a melhor coisa do Mundo.

Dreamer

sábado, 2 de novembro de 2013

Não sei o porquê de termos medo. Mas o medo existe e há que saber contorná-lo. 
Quero descobrir a resolução para os meus medos. A vida é cruel nas melhores alturas e não nas piores fases. Caímos em felicidade e no instante a seguir estamos a começar a ter pena de nós próprios.
Se estamos com um sorriso é porque o merecemos, mas, então, poderei dizer também que quando estamos com os olhos cobertos de lágrimas merecemos também. Afinal o que é o melhor para nós? Uma vida sem sentido e sem planos. As coisas acontecem. De repente. É uma questão de segundos ou minutos para depois começarmos a pensar no porquê e o que irá acontecer a seguir. O medo irá sempre existir. 

Dreamer

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Pressão

Prefiro que não saibas, porque é mais fácil, mas acabo por ser um ser invisível e tudo em mim se transparece cá para fora.
Tudo se inicia com simples olhares ou conversas do acaso e com o decorrer do tempo a pressão aumenta involuntariamente quer do teu lado, quer do meu para algo mais existir. 
Não haveria mal nenhum nisso se os dois tivessem em perfeita concordância nisso, mas quando tu já vai mais à frente do que nós, o medo vence.
Se te demonstras apaixonado ou simplesmente carente, acabas por saber que afinal a pressão era só e simplesmente pressão. Não era nada mais do que isso. Não era amor, não era amizade, nem sequer vontade de conhecer o outro realmente. 
As pessoas não se abandonam ou afastam-se. As pessoas, apenas, fazem pressão e no final têm medo.

Dreamer

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Será que há alguma razão para as pessoas mentirem ou simplesmente mentem por necessidade própria? Muito provavelmente há mentiras que são intenção de magoar o próximo, pois acabamos por nos magoarmos mais a nós no final do que à pessoa que mentimos, pois as consequências são maiores do que a mentira. E devem de existir mentiras que só servem para nos satisfazer os desejos mais inúteis que sempre tivemos e que nunca podemos concretiza-los.
Mas uma mentira é sempre uma mentira irá sempre ser uma grande armadilha para qualquer situação que não queremos nem sequer pensar viver.

Dreamer

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Sentir


Já passaram segundos, minutos e horas desde que partiste, mas que nunca te despediste.
A ausência tem se tornado a minha pior inimiga nestes últimos tempos, apenas os teus livros me tem feito companhia e as tuas citações preferidas me fazem soltar a gargalhada que tu tanto admiravas e sorrias ao ouvi-la. Perdeu-se tudo em questão de minutos.
Nunca soubemos o porquê de nos termos ido embora do coração um do outro, deixamos tudo em aberto e apenas deixamos as coisas acontecer, mas sabemos que seria inevitável não nos lembrarmos um do outro e ter saudades das pequenos que se tornaram grandes momentos só porque foram passados contigo.
Acordar de manhã com a janela aberta como tu tinhas hábito é algo que nunca vou conseguir já mudar e repetir todas as frases do teu filme preferido é voluntário.
O nosso amor é como o vento. Não o vejo, mas sinto-o.

Dreamer

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

"Apesar de tudo o Sol nasce sempre!"

Sun

As noites podem ser passadas a chorar, cheias de lembranças frias que provocam arrepios por todo o corpo. O dia pode não correr da melhor maneira, podemos sentirmo-nos vulneráveis, sozinhos e frágeis. Mas vamos ter que acabar por nos reconstruirmo-nos a nós própios. Acabar por lutar para que uma nova força interior dê uso da capacidade que temos para sermos os melhores. E se por vezes a chuva ganha ao Sol, é o Sol que acaba por nos fazer sobreviver e que faz com que nos sentimos vivos todas as manhãs.
Há uma derrota, mas irá sempre haver uma vitória.

Dreamer

beleza

A beleza é algo inesperado, que se aprecia no momento e nos faz ficar encantados.
Mas será a beleza tão profunda quanto necessário para permanecer o para sempre?
O sorriso petrifica o olhar, mas é a palavra que nos faz ficar a resolver o que poderá ser o nosso futuro.
Músculos secos e frágeis preferem as palavras que vêem de cérebros sábios e de personalidades fortes. Músculos jovens e rijos olham aos sorriso apenas e às belas curvas que incorporam à sua silhueta.
O  tempo é longo para encontrar a alma um do outro, mas cada vez mais a beleza se esgotam e os músculos jovens e rijos passam a secos e frágeis e irão dar valor a cérebros sábios e personalidades fortes com outra consciência.
Mas aí não irá ser tarde demais?
O tempo e a beleza são escassos.

Dreamer

sábado, 27 de abril de 2013

Morreste-me

"Regressei hoje a esta terra agora cruel. A nossa terra, pai. E tudo como se continuasse. Diante de mim, as ruas varridas, o sol enegrecido de luz a limpar as casas, a branquear a cal; e o tempo entristecido, o tempo parado, o tempo entristecido e muito mais triste do que os teus olhos, claros de névoa e maresia distante fresca, engoliam esta luz cruel, quando os teus olhos falavam alto e o mundo não queria ser mais que existir. E, no entanto, tudo como se continuasse. O silêncio fluvial, a vida cruel por ser vida. Como no hospital. Dizia nunca esquecerei, e hoje lembro-me. Rostos tornados desconhecidos, desfigurados na minha certeza de perder-te, no meu desespero desespero. Como no hospital. Não acredito que possas ter esquecido. Enquanto esperava pela mãe e pela minha irmã, as pessoas passavam por mim como se a dor que me enchia fosse oceânica e não as abarcasse também. As mulheres falavam, os homens fumavam cigarros. Como eu, esperavam; não a morte, que nós, seres incautos, fechamos-lhe sempre os olhos na esperança pálida de que, se não a virmos, ela não nos verá. Esperavam. Num carro demasiado rápido, a minha mãe, curvada de perder o que possuía, e a minha irmã. Os homens e as mulheres falavam e fumavam ainda quando subimos. No quarto, numa cama qualquer que não a tua, o teu corpo, pai. Talvez distante, preso num olhar entreaberto e amarelado, respiravas ofegante. O ar com que lutavas, lutavas sempre, gritava o seu caminho rouco.Pelo nariz, entrava o tubo que te sustinha. Aos pés da cama, a minha mão calada, viúva de tudo. À cabeceira, a minha irmã, eu. Cortinas de plástico, biombos de banheira separavam-nos de outras camas. Pousei-te as mãos nos ombros fracos. Toda a força te esmorecera nos braços, na pele ainda pele viva. E menti-te. Disse aquilo em que não acreditava. Ao olhar amarelo, ofegante, disse que tudo serias e seríamos de novo. E menti-te. Disse vamos voltar para casa, pai; vamos que eu guio a carrinha, pai; só enquanto não puder, pai; vá, agora está fraco mas depois, pai, depois, pai. Menti-te. E tu, sincero, a dizeres apenas um olhar suplicante, um olhar para eu nunca mais esquecer. Pai. À hora, mandaram-nos sair. Quando saímos, agarrados como náufragos, a luz abundante bebia-nos.
E esta tarde, e esta terra agora cruel. Na nossa rua, a nossa casa. A porta do quintal parada à minha frente, fechada, desafiante. Dizia nunca esquecerei, e esta tarde lembrei-me. Com os teus movimentos, tirei do bolso o teu molho de chaves e, como costumavas, usei todos os cuidados para escolher a chave certa, examinando cada uma, orgulhando-me de cada uma. E, na fechadura, o triunfo. As coisas a acontecerem devidamente. A ferrugem, as dobradiças soltaram um grito como um suspiro ou estertor. O alumínio rente ao mármore arrastou, varreu uma figura certa e branca no cobertor grosso de folhas de pessegueiro. Abandonado sobre o tamanho grande de um inverno, o quintal de quando eu era pequeno, o quintal que construíste, pai. Tristes tristes flores novas e folhas novas nos ramos das árvores, canteiros pintados de malvas, trevos, ervas verdes, verdes de quando eu era pequeno e tu chegavas e me ensinavas trabalhos de grande. Orienta-te, rapaz. Eu oriento-me, pai. Não se preocupe. Eu também sei, eu também consigo. (...)"


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Passado tantos anos

as saudades aparecem. Sempre achei estranho não ter saudades da minha infância, das minhas brincadeiras e asneiras com as amiguinhas de sempre, da escola primária e dos amores inocentes. Até que hoje chorei e deitei tudo o que nunca deitei depois destes anos todos. Os sorrisos já não são os mesmos, os livros sobre animais e/ou de princesas que viviam para sempre desaparecem. Agora, são mais olhares tristes do que sorrisos e mais livros com finais infelizes.
Tenho saudades de ti...volta!



Dreamer

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A diferença...



“É interessante a maneira de como todos somos diferentes e igualmente insignificantes.”

 
A diferença de cada um de nós está presente nas pequenas coisas do dia a dia. Um sorriso, uma lágrima, uma palavra ou um simples olhar. São os momentos e as atitudes que temos nesses momentos que marcam a diferença de cada pessoa. Seja rico ou pobre um sorriso sabe sempre bem, principalmente, em dias cinzentos, de plena tristeza ou aborrecimento. Basta um olhar ou um sorriso para que a nossa alma torne a ter força e vontade de lutar. Não é preciso olhar a bens materiais para se ser feliz com essa pessoa, porque no fundo e no final, não vai ser isso que vai marcar presença nos nossos corações. O que é que interessa ser rico se, depois, nunca sorrimos ou proporcionamos momentos de alegria a outras pessoas que merecem tanto ou mais quanto nós? Será o dinheiro tão importante para marcar vivamente a diferença na nossa sociedade? O melhor, mesmo, é viver um dia de cada vez com as pequenas diferenças das pessoas envolventes na nossa rotina, porque na verdade, iremos parar todos ao mesmo sítio sem diferença alguma. Iremos todos morrer. E será que depois iremos ter o valor que tínhamos só porque tínhamos mais dinheiro ou não do que o nosso colega? Não, a diferença irá acabar e o significado da vida também. Rico ou pobre irá ser esquecido, porque pessoas ricas e pobres com sorrisos ou não e com vontade de lutar constantemente a sociedade irá encontrar todos os dias. O espaço que as pessoas ocupavam nos corações dos outros, só porque tinham dinheiro ou não, irá ser ocupado por um outro igual. E sempre será assim. Por isso, podemos marcar a diferença durante a nossa vida, mas haverá sempre alguém que nos irá substituir de uma maneira ou de outra. Então o significado de vida eterna é para todos nós uma mentira que vamos alimentando enquanto uma pessoa importante não parte da nossa vida.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Palavras

As palavras crueis são, talvez, as mais frageis e duras ao mesmo tempo, são as mais difíceis de ouvir e as mais reconfortantes. Porque num mundo de hipocrisia, o momento em que se ouve palavras frias e amargas, torna-se num momento glorioso, que se pede constantemente para que ele se volte a repetir.
Cada tom que usamos para dar vida a uma palavra fere ou faz sorrir um ser superior ou inferior a nós. Mas talvez sejamos todos iguais. Ou será que nem todos nós conseguimos ouvir os sentimentos dos outros sem uma única palavra dizer, para não magoar o amiga, mesmo estando nós a sofrer com as suas palavras? Ou, então, será que somos todos uns insensíveis, que não queremos saber dos sentimentos dos outros para nada e respondemos sempre, e mais, a cada pausa que ele faz? Mesmo sabendo que só irar piorar a situação...
São as questões básicas que ficam a vaguear na nossa mente, ansiosas para se soltarem, de um mundo pequeno, quente e acolhedor, que por vezes se torna a nossa mente, para um mundo frio e arrogante. Mas a questão é se as queremos fora da nossa mente, solta-las, ou se devemos, simplesmente, dizer uma única palavra sobre o que nos está a ocorrer na nossa mente.
Um basto conhecimento sobre amizades perdidas, casamentos ou namoros acabados, por culpa das palavras, assuta cada vez mais o Homem, que deveria de ser feroz e espontâneo.
Será que devemos investir no poder do gesto, do olhar, do toque e da respiração? Seremos assim mais felizes? Seremos assim capazes de mudar o mundo? Simplesmente e somente com o silêncio? OU iriamos deixar de saber os verdadeiros sentimentos de cada um? Iriamo-nos interessar por alguém ou conhecer alguém só pelo olhar?
Talvez fosse possível, mas as palavras são o ponto de viragem de qualquer vida digna de ser observada e amada por todos nós.
São as palavras que trazem sinceridade à vida. As palavras, o tom, a intuição, ou até o movimento de uns lábios sedosos e carnudos.
As palavras cruéis são talvez as mais frageis e duras, ao mesmo tempo, são as mais dificeis de ouvir e as mais reconfortantes.
São a verdade do Homem.

Dreamer